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Inovação para a sobrevivência e crescimento no mercado

*Por Ricardo Kurtz

Inovar é uma tarefa que deve fazer parte dos planos de qualquer empresa.

A inovação não se restringe somente à utilização de tecnologia de ponta na modernização e criação de processos industriais e no lançamento de novos produtos e serviços. Inovar também significa aperfeiçoar e criar novos procedimentos administrativos dentro de uma organização, além de oferecer produtos e serviços inovadores e diferenciados. Nesta época de mudanças aceleradas, forte concorrência e globalização, os produtos e serviços sofrem um processo de envelhecimento muito grande. É por isso que a inovação é a grande preocupação ( e ocupação) das empresas que são conscientes do significado do termo sobreviver.

A busca por mudanças em uma organização costuma ter menos importância quando os resultados gerais são bons. A mudança sempre gera insegurança. Por isso, em uma empresa bem-sucedida, inovar é mais complicado. Atualmente existe uma idéia de que 50 porcento do faturamento de uma empresa deve ser originado por canais que não tenham mais de cinco anos de vigência. Agora, ter a idéia, encontrar o que fazer (e como), ter aquela grande “sacada”, é apenas o pontapé inicial. A isso têm que ser adicionados outros ingredientes que aportam força e respaldo.

É fundamental que o administrador exerça uma boa liderança, pois encontrará resistência às mudanças. Ele deve conseguir a colaboração de todos os níveis da empresa. Outro ingrediente é o aporte tecnológico. Isso significa que muitas boas idéias não são viáveis ou fracassam porque não se conta com as ferramentas necessárias para sua operacionalização. Entre essas ferramentas podemos destacar os sistemas de computador, de grande utilidade para a automação de tarefas e o controle de procedimentos. Um grande companheiro da inovação é o apoio financeiro.

É claro que, dependendo do projeto, às vezes nem é preciso fazer grandes investimentos (em certos casos, nenhum). Esse apoio pode vir de recursos próprios, dos sócios ou de financiamentos. Nessa última opção acabam parando vários projetos, principalmente nas pequenas empresas, aonde a falta de garantias reais e de contrapartida acabam dificultando muito o acesso a linhas de crédito de baixo custo e com carência. Quem precisar dele e quiser evitar o crédito caro e abundante existente hoje pode optar por uma política de poupança interna e de implementação gradual das mudanças através de etapas bem definidas, ou a entrada de um investidor externo ou de novos sócios.

É importante que exista coerência entre as mudanças e as estratégias pensadas na empresa. Quando é definida uma transformação, toda a organização deve estar involucrada. A inovação está ligada à idéia da superação, de melhoria constante. É algo que deve estar presente na personalidade de cada integrante da empresa. Por isso muitas empresas dão importância às características criativas dos candidatos ao selecionar pessoal. O ideal é que a empresa tenha uma mentalidade que faça com que ela trabalhe a partir da inovação.

Para operacionalizar isso, por exemplo, pode-se criar um canal aonde qualquer funcionário possa participar exteriorizando sua colaboração, através de um formulário que será analisado por um setor ou grupo. A alta gerência deve privilegiar o processo inovador. Muitas empresas fazem isso através de reuniões que fomentem a criatividade, destinando tempo e espaços a idéias transformadoras, criando uma cultura dentro da organização, que deve ser acompanhada por delegações de poder, para que sejam tomadas decisões que permitam implementá-las. Inovar é o grande risco e o principal trabalho dos líderes. * Ricardo Kurtz é administrador de empresas, contador e diretor comercial da Sidicom Software, empresa especializada em software de gestão empresarial.